sábado, 7 de setembro de 2013

- Meu Deus, Rudy…
Inclinou-se, olhou pra seu rosto sem vida, e então beijou a boca de seu melhor amigo, Rudy Steiner, com suavidade e verdade. Ele tinha um gosto poeirento e adocicado. Um gosto de arrependimento à sombra do arvoredo e na penumbra da coleção de ternos do anarquista. Liesel o beijou-o demoradamente, suavemente, e quando se afastou, tocou-lhe a boca com os dedo. Suas mãos estavam trêmulas, seu lábios eram carnudos. Os dentes dos dois se chocaram no mundo demolido da rua Himmel.

                   A menina que roubava livros